Permissionários alertam para a questão da padronização do transporte escolar

Preocupados com o projeto de padronização nacional do transporte escolar, permissionários realizaram nesta sexta-feira (15) um Ato de manifesto chamando atenção da população para a questão. A proposta do Governo Federal traz uma série de exigências de adaptação para o serviço, tornando o veículo específico para o transporte escolar urbano e pode ser publicada através de resolução criada pelo CONTRAN, o que exclui a votação no Congresso Nacional.

DSC_0459O Ato foi organizado pela Cooperativa dos Proprietários de Transporte Escolar de Natal (Coopten). Segundo o Presidente da Cooperativa, Carlos Henrique Dantas, os permissionários não desaprovam que haja uma normatização para o transporte, mas, querem fazer parte do processo de elaboração da pauta. “Precisamos alertar a sociedade que a categoria não é contra uma normatização para o transporte. O que nós não podemos aceitar é que ela seja imposta sem debate, sem ouvir a nossa opinião e sugestões. Do jeito que está posta no projeto, a padronização, sendo aprovada, será, praticamente, decretar a falência de um sistema que existe há mais de 30 anos”, ressaltou.

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Carlos Henrique Dantas – Presidente da Coopten

Para Carlos Henrique, a padronização representará um aumento considerável nos custos de operação do transporte escolar, inviabilizando a atividade para milhares de trabalhadores.   “Os veículos padronizados virão totalmente equipados de fábrica e a um valor muito alto. Pode acarretar aumento no valor cobrado pelo serviço e afastar os pais que contam com o transporte. Isso pode significar mais carros nas ruas e mais complicação no trânsito, sem contar que vários pais e mães de famílias que sustentam o seu lar com o dinheiro do transporte escolar, pode ficar desempregados”, alerta o cooperado.

Os permissionários estiveram concentrados nos entorno na Praça da Árvore de Mirassol. Em seguida, alguns veículos realizaram um circuito com passagens pela Governadoria do Estado, Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), Prefeitura Municipal e Assembleia Legislativa. “Poucos carros participaram deste percurso, para evitar transtornos ao trânsito da capital. Mas, de qualquer forma, fica o alerta a toda a população”, finalizou Carlos Henrique.