Ramo saúde inicia construção de Diretriz Nacional de Educação

Investir na qualificação de seus integrantes é o desafio do cooperativismo de saúde brasileiro para os próximos anos. Membros do Comitê Educacional do Ramo Saúde do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) reuniram-se em Brasília (DF) na última quarta-feira (3/10) para discutir e avaliar as principais demandas do ramo relacionadas à qualificação e formação profissional.



O comitê, instituído em agosto de 2012, tem por atribuição desenvolver uma diretriz nacional de educação para o cooperativismo de saúde brasileiro. Na abertura da reunião, o superintendente do Sescoop, Luís Tadeu Prudente Santos (na ocasião, representando o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas), ressaltou o sucesso alcançado pelo Sistema quando da construção de uma Diretriz equivalente para o ramo Crédito, e pontuou que a constituição do grupo com representantes diretos das cooperativas é fundamental para o sucesso dos trabalhos. “O comitê vai analisar as demandas provenientes dos estados e debater os grandes desafios existentes com relação à formação dos cooperados e colaboradores. Não há outra forma de desenvolver este trabalho a não ser junto com a base”, declarou.



Segundo Luís Tadeu, a expectativa é que o ramo saúde alcance os mesmos bons resultados aferidos até o momento pelo ramo crédito, com a execução do Programa Nacional de Educação do Crédito Cooperativo (Educred), cuja turma piloto está em formação desde maio deste ano. “O modelo do Educred, composto de formações específicas para conselheiros e funcionários de cooperativas, é um ponto de partida. Está aí para ser aproveitado e também melhorado, a partir das discussões dos membros do Comitê”, disse.



O superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, acrescentou que este é um projeto que trará ganhos importantes e fortalecimento para o ramo e também destacou a importância de ouvir diretamente dos representantes das cooperativas os anseios e demandas da base. “Precisamos dessa referência, que vem das cooperativas, para podemos desenvolver um bom trabalho; e esse grupo aqui reunido representa muito bem o ramo saúde”, afirmou. “Espera-se com esta composição do Comitê alcançar um resultado à altura das expectativas dos próprios demandantes”, complementou Nobile.



O gerente do Ramo Saúde da OCB, Laudo Rogério dos Santos, explicou qual será o foco da Diretriz a ser construída. Segundo ele, diferentemente do projeto proposto para o ramo crédito (onde o foco foi a gestão das cooperativas e a capacitação de dirigentes), no ramo saúde o objeto principal será a mudança do modelo de negócio adotado atualmente pelas cooperativas. “Pretendemos promover uma verdadeira mudança de cultura, trazendo para a sociedade conceitos importantes de atenção primária à saúde, melhorando, paralelamente, a qualidade dos atendimentos e também a remuneração dos cooperados”, disse.



Em seguida, as gestoras da OCB, Sescoop e CNCoop, Tânia Zanella, Andréa Sayar e Júnia Dal Sacchi, respectivamente, fizeram apresentações institucionais, relatando aos membros do Comitê o funcionamento e a área de atuação das três entidades que compõem o Sistema OCB.